Maio, 2017
Quem vai roubar os nossos postos de trabalho?
Numa sociedade, onde o crescimento da economia vai depender cada vez mais do desenvolvimento das tecnologias e os computadores se estão a tornar extensões dos nossos sentidos, a perspetiva de, num futuro próximo, as capacidades do cérebro humano serem ultrapassadas pela rapidez dos chips de silício e pela capacidade de cálculo dos computadores constitui uma ameaça, que se materializa no dia-a-dia, para aqueles que estão a ver desaparecer postos de trabalho.
Provavelmente, a digitalização da economia não terá efeitos muito diferentes dos que acabaram por se verificar com a eletrificação da economia no século XIX. Ao contrário do que se temia, a adoção de sistemas de potência terminou por criar, até hoje, milhões de novos postos de trabalho e a eletrificação da economia permitiu avanços extraordinários de produtividade em todos os setores.
Os robôs vão ser a principal força da inovação em todos os setores: da arte à indústria, da saúde à cultura, dos serviços à produção, executando não só tarefas rotineiras, mas aumentando a produtividade e a riqueza nos países que estão a fazer grandes e profundas mudanças, não apenas na educação, estilos de vida e ambiente, mas sobretudo na própria organização social e política.
Se isso acontecer, as consequências ao nível do trabalho e do emprego serão muito grandes, mas as novas gerações poderão dizer, como Mark Twain no séc. XIX “as notícias sobre a extinção do trabalho foram amplamente exageradas...”
Amândio da Fonseca
Fundador e CEO da EGOR
7/5/17
