Como agir no caso de ter sido infetado – ou suspeitar que foi – pelo coronavírus?

Abril 2020

Amândio da Fonseca | Chairman e Fundador do Grupo EGOR

A MEDICAL XPRESS é uma newsletter norte americana que publica regularmente informação científica sobre desenvolvimentos recentes da medicina e os resultados de pesquisa e investigações relativa à saúde humana.
O coronavírus tem ocupado nos últimos meses uma parte muito importante das notícias. Numa das últimas edições, a Medical Xpress aborda a situação das pessoas que foram ou suspeitam ter sido infetadas e emite uma série de informações que podem ajudar a lidar com o desconhecimento de uma doença surgida há alguns meses. Mas que inesperadamente alastrou por todo o mundo e, para a qual ainda não foi possível criar uma vacina nem descobrir tratamento eficaz.

Como comportar-se quando surge a suspeita que algo nos está a acontecer?
Segundo os especialistas da Medical Xpress, quando os sintomas são ligeiros a pessoa deve tratá-los da mesma forma que o faria com uma vulgar constipação. O vírus que causa o COVID-19 é apenas um entre as centenas de vírus que causam gripes e constipações nos seres humanos. A severidade da infeção pode variar entre uma  situação onde não existem sintomas e uma constipação e ir até uma afeção grave dos pulmões . Os sintomas podem ser piores do que uma vulgar constipação porque se trata de um vírus novo  em relação ao qual ainda não conseguimos ganhar imunidade . No entanto, as estimativas atuais sugerem que em 80% dos casos se trata de uma doença relativamente leve ou moderada. Se a pessoa estiver nessas circunstancias e não for elegível para fazer o teste é importante isolar-se se não se sentir bem.

Como interpretar os sintomas Segundo a OMS – a Organização Mundial de Saúde?
Os sintomas mais comuns do COVID-19 são a febre , o cansaço e  tosse seca. Alguns doentes podem sentir dores, congestão nasal, pingo no nariz, a garganta dorida e ou diarreia. Os sintomas mais incómodos são a febre e as dores musculares. São sintomas que podem ser tratados com paracetemol e eventualmente com remédios anti-inflamatórios como o ibuprofen. O nariz entupido pode ser tratado com descongestionadores. Os tratamentos para as dores de garganta incluem o mel ou gargarejar com água salgada. A tosse é o sintoma mais difícil de controlar mas podemos melhorar com mel , inalações de vapor e sprays salinos para o nariz Ao mesmo tempo, é indispensável reforçar o sistema imunitário, sobretudo através de descanso e de uma dieta saudável. Não existem evidências da eficácia da vitamina C e da equinácia. No entanto, a OMS alerta para não se tomarem medicamentos que não tenham sido aprovados para gripes e constipações. Estão a decorrer em todo o mundo numerosas investigações e ensaios clínicos, mas  ainda não existem tratamentos eficazes para a doença. Embora surjam constantemente notícias online acerca de hipóteses de prevenção e tratamentos, a realidade tem demonstrado que em muitos casos, as novidades são melhores nas notícias do que na realidade. Em Portugal, a Informação segura é aquela que é emitida pela DGS.

E se a situação se agravar?
Importa no entanto não esquecer  que o coronavírus é uma doença séria e que mata. Muitos doentes, cinco ou sete dias depois de os sintomas aparecerem, começam  a sentir dificuldades em respirar e nestes casos impõem-se chamar o médico. A dificuldade em respirar ocorre quando a pneumonia se desenvolve, causando a aparição  de muco espesso nos pulmões que bloqueia a transferência do oxigénio para os vasos sanguíneos. Quando a situação se deteriora é indispensável chamar o medico ou hospital e informar da probabilidade de estar infetado. No entanto, se sentirmos sintomas severos  e nomeadamente dificuldade em respirar, é preferível chamar de imediato uma ambulância.

Quanto tempo demora a cura do COVID-19?
No hospital a pessoa é mantida em isolamento até deixar de apresentar sintomas e os testes demonstrarem que deixou de estar infetado. Na China os doentes hospitalizados necessitavam em média de 20 dias para o vírus deixar de ser detetado. Na Austrália os investigadores apuraram que no caso de doença leve que não tenha exigido hospitalização, os pacientes podem deixar o autoisolamento depois de passarem pelo menos dez dias após o aparecimento dos primeiros sintomas e 72 horas depois de todos os sintomas da fase aguda da doença terem deixado de se manifestar.

Adaptação do artigo (seguir o link).

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