22 de junho de 2020
Maria João Sebastião, Diretora Executiva Norte TT | Revista Human
Desafio
O encerramento dos job centers da Egor levou à colocação de cerca de 90% dos nossos colaboradores em regime de trabalho remoto e à definição de prioridades que mudam, diariamente, em função das necessidades dos clientes e da manutenção das muitas centenas de postos de trabalho que continuam a ser assegurados, em todo o país, pelos trabalhadores da Egor Trabalho Temporário.
As alterações, provocadas pelas circunstâncias nos trabalhos do dia-a-dia, confirmaram a importância dos investimentos efetuados em 2019, na implementação de sistemas informáticos muto evoluídos, a par da manutenção dos valores e do sentido de missão que caracterizam a atuação das nossas equipas de trabalho.
O setor alimentar, e nomeadamente a produção ligada à indústria conserveira e de enlatados, a par das grandes cadeias de distribuição ou da área da logística ligada ao comércio on-line, foram os sectores que, ao longo do período em análise, mais recorreram a mão-de-obra em regime de trabalho ocasional. Na fase inicial, a necessidade de reforçar os stocks e responder ao aumento do consumo provocou uma demanda algo diferente do habitual. Ao longo das últimas semanas acentuou-se a necessidade de as empresas nivelarem o seu funcionamento, através do reforço dos seus recursos humanos, nomeadamente nas situações de substituição de trabalhadores retidos por assistência à família.
Pela inversa, os sectores que foram mais afetados estão ligados à indústria automóvel, nomeadamente indústrias suas fornecedoras, onde contabilizámos quebras acima dos 60%, às indústrias cerâmicas ligadas à área da construção, devido a contração que aí se registou, e às áreas de serviço e comércio, onde o consumo diminuiu significativamente. A hotelaria e a restauração sentiram, igualmente, quebras que poderão ser difíceis de recuperar, na medida em que a confiança do consumidor poderá levar algum tempo a retomar. Sabe-se que a realidade que conhecemos não será a mesma e que teremos de nos adaptar e reinventar. Esse é o desafio de toda a humanidade e acredito que em Portugal demos provas de que somos um povo de conquistas e desafios.
Na Egor adaptámo-nos a esta nova realidade com bastante celeridade e, acima de tudo, rapidamente colocámos o nosso focus no que será o futuro e como poderemos torná-lo mais aliciante, desafiante e humanizador, alinhando estratégias e estimulando ideias e partilhas entre toda a equipa interna. Apesar do distanciamento social, tornámo-nos muito mais próximos não só dos clientes, que acompanhamos com regularidade, como promovemos iniciativas que nos permitem preparar e desenvolver os colaboradores temporários neste contexto e capacitá-los para o regresso à dita normalidade. A iniciativa «We Train, You Develop» é um exemplo: assenta em ações de formação e-learning, adaptadas às áreas funcionais e realinhadas com situações na linha de pensamento no futuro e nas regras a cumprir, em contexto de trabalho, no que respeita à prevenção do Covid-19.