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2030 The Future of Work 

Data: 21 Setembro 2023

O  que estaremos a fazer em 2030? 

Os cientistas sociais da McKinsey publicaram, recentemente, os resultados de um inquérito sobre a evolução do emprego nas próximas décadas. Os dados, recolhidos em oito países, abrangeram empresas que representam 60% do produto bruto mundial e empregam cerca de metade a população mundial. Uma síntese dos resultados sugere que:

  • Em 2030, um em cada 16 trabalhadores poderá ter que mudar de profissão. Nos oito países analisados, mais de 100 milhões de trabalhadores terão de receber formação para desempenhar novas funções;
  • A oferta de postos de trabalho deverá concentrar-se, sobretudo, em funções qualificadas, nas áreas da saúde, ciências, tecnologias, engenharias e matemáticas. Inversamente e ao mesmo tempo, a procura de funções menos qualificadas, nos serviços de alimentação, funções fabris e trabalhadores de escritório deverá diminuir substancialmente;
  • O dinamismo de alguns setores de atividade vai dar origem a que diversas profissões sejam objeto de maior procura do que outras. O crescimento do negócio nas áreas do e-commerce deverá provocar maior procura de trabalhadores de logística e armazenagem. O desenvolvimento da economia verde deve aumentar a procura de técnicos de turbinas. O envelhecimento nas economias mais avançadas ira aumentar a necessidade enfermeiros, empregadas domésticas e cuidadores. Da mesma maneira, os professores e especialistas de formação também terão muitas oportunidades de emprego nas próximas décadas;
  • No entanto, muitas outras profissões poderão estar em risco de desaparecer:  empregados do setor da distribuição e retalho, devido instalação de postos de atendimento automático, bem como trabalhadores administrativos, devido a utilização de robots para efetuar trabalho burocrático, até agora efetuados por empregados de escritório.

No entanto, para uma esmagadora maioria de pessoas, o futuro continuará a ser uma incógnita na medida em que ninguém sabe exatamente a profissão que estará a exercer no médio e longa prazo. Embora exista uma consciência generalizada de que as placas tectónicas do mundo do trabalho estão a mover-se com uma rapidez cada vez mais inquietante, o mundo em geral parece estar a ignorar as ameaças de uma revolução tecnológica cuja amplitude pode conduzi-lo à implosão.

Numa fase da vida humana marcada pela destruição ambiental e pelo desequilíbrio   entre a ecologia e o desenvolvimento económico, o mundo está a ser flagelado não apenas por cataclismos naturais cada vez mais graves e, como se isso não bastasse, está a assistir simultaneamente a uma escalada de conflitualidade entre nações e regimes políticos que podem pôr em causa a sobrevivência do próprio planeta. No plano socio laboral, as ameaças induzidas pela revolução tecnológica e pela incerteza do papel da inteligência artificial generativa e a articulação das infotecnologias e das biotecnologias, constitui um desafio que ameaça transformar radicalmente o mundo do trabalho tal como o conhecemos.

Paradoxalmente, os sistemas educativos tendem a continuar mais preocupados com os problemas corporativo do que a preparar-se para interpretar os sinais de obsolescência que evidente no desinteresse e desmotivação dos jovens estudantes. Os sistemas educativos não estão preparados para antecipar nem os desafios das gerações na fase de aprendizagem, nem os trabalhadores que, na 2ª e 3ª fase da carreira, serão os principais atores do novo mundo do trabalho. Tendem a refugiar-se nas variáveis de uma equação de soma zero entre aqueles que consideram que o mundo das tecnologias digitais vai criar milhões de postos de trabalho, e os céticos que advogam que os progressos da biotecnologia e da infotecnologia poderão eliminar milhões de postos de trabalho com a substituição, numa grande parte das profissões atuais do trabalho humano por cyborgs e humanoides.

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