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As competências dos recrutadores num mercado de trabalho hipercompetitivo

Por: Sandra Carvalho

Egor: Out 23, 2023

Com o mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo, é imperativo que os profissionais, nomeadamente os que trabalham em Recursos Humanos, acompanhem as exigências do negócio.

A urgência de chegar aos candidatos de maiores valências qualitativas, de forma mais assertiva e célere, fez-nos procurar novos recursos de trabalho, alinhados no Sourcing & Assessment. Tentando atuar com agilidade e foco, temos vindo a ensaiar novas ferramentas que recorrem a princípios de I.A. e machine learning, que nos permitem aceder a candidatos cada vez mais interessantes e menos óbvios e disponíveis.

 Alinhado o perfil de cada processo de recrutamento, utilizamos variadas fontes, desde linkedin à network de cada consultor, recorrendo ainda às extensas bases de dados da Egor, mas sempre numa base de hunting de candidatos enquadrados. O facto de trabalharmos por vertical setorial permite, de igual forma, uma abordagem mais célere de candidatos enquadrados nos requisitos.

 O Papel dos recrutadores tem sofrido vários upgrades de forma a acompanhar os desafios colocados, sendo que – arriscaria a dizer – chamar a esta função Recrutador ou Talent Acquisition é de facto redutor. O detentor deste “papel” deverá ter uma série de competências e Driver essenciais para o desfecho positivo de cada projeto que lhe é atribuído, com impacto efetivo do negócio das organizações. Procura-se um mindset orientado para a análise de dados e de resultados, com perspetiva estratégica de recrutamento. É necessário.

Impera, portanto, uma curiosidade própria, de novas aprendizagens e de melhoria nos processos. Deverá ter um esquema mental de alinhamento entre a filosofia organizacional e propósito, com o projeto profissional do candidato que aborda. Muito importante ainda: o recrutador deverá trabalhar a sua network e fortalecer as suas skills relacionais, enfatizando as competências de mediação e negociação de maneira a conseguir apresentar na plenitude o projeto organizacional e, de igual forma, apresentar de forma clara o candidato à organização.

Vejo esta função como um mediador, em que as Soft Skills de cada um são chamadas a enaltecer a dinâmica do triângulo: Consultor/ Cliente /Candidato.

Acima de tudo vemos que o Consultor/Recrutador tem de ser um verdadeiro parceiro, alinhar expetativas, motivar e em constante feedback de forma a conseguir um desfecho Win-Win para todos os interessados.

Com o driver certo, o recrutador sentir-se-á motivado pelo seu próprio sucesso, mas é necessário sabermos enaltecer a pessoa, as suas qualidades e resiliência, porque é cada vez mais difícil encontrar, recrutar e selecionar perfis que façam match com as necessidades e funções cada vez mais diferenciadas/criativas que nos chegam todos os dias.

Sandra Carvalho | Diretora Executiva Talent Acquisition Norte

Artigo para a revista Human

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