“Leadership is the art of transforming ideas and intentions into meaningful business outcomes”
Este desafio adquire, nos dias de hoje, contornos diferentes e mais complexos. É indiscutível o argumento de que existem vertentes quase intemporais, como sejam as características e estilos de liderança, os aspetos ligados as dinâmicas de gestão, em cada caso, de pessoas/grupos e análise das competências
Mas a realidade social e empresarial atual ganharam uma complexidade, interdependência e velocidade de evolução genuinamente diferentes e específicas. As inovações e melhorias que, de forma constante, as tecnologias continuam (e continuarão) a trazer, tenderão a acelerar e a simplificar a complexidade e velocidade de mudança.
Neste contexto, e associada à necessidade absoluta de conjugar, continua e de forma equilibrada, o triângulo Liderança vs Pessoas (competências) vs. Inovação (capacidades), está a gerar vetores que exigem uma atenção especial, e que será necessário adicionar ao modelo global de liderança das empresas vencedoras.
Estas, e o tecido empresarial em geral, terão de ser hoje muito mais “permeáveis”, mais interdependentes, para além da necessidade de serem muito mais ágeis. As barreiras à mobilidade dos recursos humanos diminuíram também de forma drástica, colocando novos e particularmente complexos desafios à gestão das pessoas.
Assim, além da (inevitável) complexidade, diversidade e complementaridade de perfis dos modelos de corporate governance das empresas, algumas questões novas tornam-se críticas nas empresas que decidem implementar uma verdadeira política de transformação e de adequação ao mercado. Estas passam por temas como a decisão de estruturar um processo de reorganização top-down ou criar uma estrutura especializada e dotada para o efeito com o necessário “empowerment”, definir uma estratégia de captação de novos perfis de competências e ativar os processos de mudança diretamente através da criação de unidades especializadas ou, eventualmente, através de parcerias, tendo em conta a decisão sobre as consequências que como as transformações planeadas podem impactar o modelo de gestão da empresa.
Subjacente as estas decisões está também a necessidade absoluta da criação de um conjunto de objetivos e métricas para pilotar o processo, realmente alinhadas com os “meaningful business outcomes”, que devem constituir o objetivo permanente de todos os exercícios da gestão.
Paulo Magro da Luz